domingo, 5 de dezembro de 2010

Semana 16

No eixo 8 aconteceu o estágio obrigatório e uma disciplina de TIC. Atualmente o TCC está sendo escrito a partir dos dados apresentados naquele momento que podem ser consultados em: http://darleneestagio.pbworks.com . O estágio foi realizado em uma escola municipal com a turma da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Esta foi uma turma da Totalidade 2 (T21). Na qual estavam matriculados vinte alunos com idade entre 17 e 82 anos. Sendo 12 mulheres e 08 homens. Sendo quatro menores de 20 anos, três entre 20-30, três entre 40-50 anos, quatro entre 50-60, três entre 60 e 70, dois entre 70-80 e um com mais de 80 anos. Eles moravam no interior, não havia escola próxima, tiveram que trabalhar ainda muito jovens ou criança, tiveram um dos pais, ou ambos, mortos muito cedo. Estes alunos em suas atividades de trabalho não conseguiram tempo nem condições para estudarem. São: pedreiros, empregadas domésticas, cozinheiras, auxiliar de serviços gerais, costureiras, donas de casa, diaristas. Apenas agora encontraram condições para conseguirem estudar, alguns estão aposentados, alguns fazem bicos, e outros ainda trabalham. A história de quase todos confirma o perfil de alunos desta modalidade de ensino, como apresenta Oliveira (1999):

Ele é geralmente o migrante que chega às grandes metrópoles proveniente de áreas rurais empobrecidas, filho de trabalhadores rurais não qualificados e com baixo nível de instrução escolar (muito frequentemente analfabetos), ele próprio com uma passagem curta e não sistemática pela escola e trabalhando em ocupações urbanas não qualificadas, após experiência de trabalho na infância e na adolescência, que busca a escola tardiamente para alfabetizar-se ou cursar algumas séries do ensino supletivo.


Com os dados desta turma e o trabalho realizado durante o estágio, criação de programas de rádio, utilizando também a teoria relacionada a Interdisciplina da EJA e a teoria das Arquiteturas Pedagógicas estou escrevendo o TCC.

OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, Set./Out./Nove./ Dez. 1999, n. 12, p. 59-73.

domingo, 28 de novembro de 2010

Semana 15

Fazendo uma relação do eixo 6 com a produção do TCC posso relatar uma atividade que hoje está contribuindo para a construção deste trabalho final. Na interdisciplina de Filosofia da Educação tivemos de realizar uma atividade na qual tivemos de trabalhar primeiro pensar sobre argumento e premissa e após começar a produzir textos utilizando estes dois itens. Hoje na escrita do TCC este conhecimento está muito presente, pois em todo o caminho precisamos apresentar o argumento e premissa, e estes devem estar muito bem embasados e justificados para que o texto do TCC fique consistente. Desta forma este foi um conhecimento de grande valia que eu vou carregar para o resto da vida desta inesquecível e maravilhosa experiência no PEAD.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Semana 14

Dos eixos quatro e cinco uma leitura que muito está me ajudando na escrita do TCC está relacionada com Paulo Freire. Primeiro pelo fato de estar trabalhando com os dados de uma turma de EJA, educação popular, e em segundo pelo fato de estar trabalhando com o tema Arquiteturas Pedagógicas, visto que essa está embasada na Pedagogia da Incerteza. Neste mesmo livro, Pedagogia da Autonomia, o autor fala da necessidade dos alunos tornarem-se autônomos. Ele ainda fala de ética e transparência, amor ao trabalho, curiosidade como combustível para aprender mais, a importância do ensino pelo exemplo, a humildade que precisamos ter para respeitar o que nossos alunos nos trazem, saber escutá-los, respeitar seu modo de vida, sua linguagem, suas competências e valorizá-los. Desta forma esta obra tornou-se indispensável dentro do meu processo de aprendizagem e na construção do TCC.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Semana 13

Dentro da construção do TCC um conceito que estou utilizando é o de letramento. Durante o curso trabalhamos este conceito em várias interdisciplinas semestres diferentes. Começamos com Alfabetização no eixo 2, após no eixo 6 trabalhamos em Linguagem e Educação e Eja. Este conceito amplia o conceito de alfabetização, pois a pessoa letrada sabe ler e escrever, assim como faz o uso disso com frequência e competência no seu dia-a-dia. Desta forma a pessoa letrada transforma seu modo de viver em sociedade, pois está participando como sujeito nas práticas sociais ,assim como na cultura, no seu contexto social e no mundo. Desta forma o letrado consegue assumir como sua propriedade a escrita e a leitura. É exatamente neste contexto que se dá a construção de programas de rádio em Totalidades Inicias da Educação de Jovens e Adultos, aprender a ler e escrever no contexto das práticas sociais. Como coloca a Professora Magda Soares:
"Não adianta simplesmente letrar quem não tem o que ler nem o que escrever. Precisamos dar as possibilidades de letramento. Isso é importante, inclusive, para a criação do sentimento de cidadania nos alunos."

Semana 12

No Eixo II a principal aprendizagem está relacionada com as ideias de Jean Piaget, pois essas embasam as Arquiteturas Pedagógicas com as quais estou trabalhando. Ele é o pensador da epistemologia genética, teoria que apresenta os estudos sobre os estágios de desenvolvimento intelectual das crianças. Outro aspecto deste autor e de grande valor são suas ideias sobre o desenvolvimento moral, neste ponto ele diferencia a conduta moral do juízo moral, investigando a avaliação das crianças do certo e errado. Penso ser muito importante a questão dos estágios em relação a construção das regras, já que envolve etapas onde a criança revela comportamentos de anomia, heteronomia e finalmente de autonomia. Essa autonomia é considerada por Piaget a última etapa da fase de construção de regras, mas que precisa ser incentivada e que é construída desde a infância. A busca da autonomia na aprendizagem é um dos objetivos do trabalho de criação de programas de rádio, atividade esta que estou desenvolvendo no TCC.

domingo, 31 de outubro de 2010

Semana 11

Dentro do processo de construção do PPP uma das reflexões que estou fazendo é sobre a “Pedagogia da incerteza”. Esta defende que o conhecimento não está nas certezas, mas nos questionamentos, na dúvida, na busca, no debate, na troca. Ela é embasada nas ideias construtivas de Piaget e na pedagogia da pergunta de Paulo Freire. Segundo esta proposta nos educamos para: a busca de soluções de problemas reais, transformar informações em conhecimento, a autoria, a expressão, a interlocução, para a investigação, a autonomia e a cooperação. Relacionando com a proposta que estou analisando de criação de rádio, posso afirmar que este tipo de atividade está inserida dentro destas características aqui apresentadas.

domingo, 24 de outubro de 2010

10ª Semana

Durante esta semana trabalhei com a descrição e avaliação do software que estou usando no TCC. Utilizei como base o texto “Análise de software Educacional” trabalhado com a Prof.ª Patricia Behar no Eixo 04, na Interdisciplina de Educação e Tecnologias da Comunicação e Informação. Este trabalho durante a interdisciplina facilitou a avaliação do software em estudo, “Audacity”, mesmo este não sendo um software educacional, ter um critério de avaliação auxilia no processo de seleção e escolha de programas que possam vir a completar ou auxiliar as práticas educativas integradas ao uso da tecnologia na escola. Fazer uma avaliação ajuda os professores que estão trabalhando com estes recursos no discernimento dos programas que existem no mercado e que podem vir ou não a serem utilizados com fins educativos. Colocar um olhar crítico e questionador diante das propostas que envolvam o uso do computador nas mais variadas disciplinas é extremamente importante.

domingo, 17 de outubro de 2010

9ª Semana

Para a realização do TCC estou realizando várias pesquisas, uma diz respeito a utilização de rádios no ambiente escolar, atividade que realizei durante o estágio ,eixo 08, e estou analisando agora no TCC. O rádio como instrumento utilizado na área educacional já ocorreu em vários momentos históricos e com diferentes objetivos. O rádio começa a ser usado pelos brasileiros em 1922, de forma amadora e com várias dificuldades, apenas no final da década de 20 que há uma profissionalização do mesmo. ‘O carioca Edgard Roquette-Pinto defendia a ideia de que o rádio, enquanto inovação tecnológica de grande potencial, deveria ser empregado prioritariamente para levar educação e cultura a todas as partes do país. Nos anos de 1950 e 1960, o Movimento de Educação Base (MEB) representou a tentativa de resgatar os ideais de Roquette-Pinto. O projeto consistia em utilizar a metodologia de Paulo Freire para alfabetizar agricultores das regiões Norte e Nordeste.’(1) Hoje a criação de programas de rádio ocorre para estimular crianças, jovens e adultos a se expressarem e mostrarem as suas opiniões e ideias; dar voz a pessoas até então sem direito a isto, mostrar a dimensão política da informação e apresentar novas formas de construção cognitiva mediadas pelas novas tecnologias.

(1)www.catavento.org.br/arquivos/O_RADIO_NA_ESCOLA_COMO_INSTRUMENTO_EDUCATIVO.pdf

domingo, 10 de outubro de 2010

8ª Semana

Para a realização do Trabalho de Conclusão estou estudando conceitos relacionados com a alfabetização e o letramento e as várias dimensões destes. Estes conceitos foram trabalhados na Interdisciplina de Fundamentos da Alfabetização no eixo 02, Educação de Jovens e Adultos e Linguagem e Educação ambas do eixo 07. Neste último eixo trabalhamos com os modelos de letramento autônomo e o modelo ideológico. Estes modelos estão relacionados com as práticas escolares, o modelo autônomo o qual aparece nas escolas, considera a aquisição da escrita como um processo neutro com o objetivo final do processo, a capacidade de interpretar e escrever textos abstratos dos gêneros expositivos e argumentativos. Assim os caminhos dos alunos já estariam previamente traçados em função de sua classe social e/ou etnia e não de sua inteligência ou potencialidade. Com o trabalho com a EJA percebi a necessidade de um letramento ideológico para que haja conscientização daqueles alunos e a transformação de suas vidas. Para isto é necessário uma proposta pedagógica que contemple esta demanda, no caso do TCC as Arquiteturas Pedagógicas.

domingo, 3 de outubro de 2010

7ª semana

Durante o curso uma disciplina que ajudou muito apresentando uma visão bem clara, conteúdos, atividades, professores foi a disciplina de EJA. Nesta disciplina não houve enrolação e ela serviu para a construção de uma aprendizagem útil, a qual estou utilizando no TCC agora. Mesmo antes de entrar na turma de EJA do estágio eu já possuía um quadro bem claro da situação. Um exemplo, é o da citação a seguir:

Ele é geralmente o migrante que chega às grandes metrópoles proveniente de áreas rurais empobrecidas, filho de trabalhadores rurais não qualificados e com baixo nível de instrução escolar (muito frequentemente analfabetos), ele próprio com uma passagem curta e não sistemática pela escola e trabalhando em ocupações urbanas não qualificadas, após experiência de trabalho na infância e na adolescência, que busca a escola tardiamente para alfabetizar-se ou cursar algumas séries do ensino supletivo.(Oliveira, 1999).

Quando fui trabalhar na turma percebi que estas eram as características das mesmas: Uma turma com vinte alunos matriculados, no entanto uma média de nove alunos frequentavam as aulas. Os alunos tinham idade entre 17 e 82 anos. Eram 12 mulheres e 08 homens. Sendo quatro menores de 20 anos, três entre 20-30, três entre 40-50 anos, quatro entre 50-60, três entre 60 e 70, dois entre 70-80 e um com mais de 80 anos. Eles moravam no interior, não havia escola próxima, tiveram que trabalhar ainda muito jovens ou criança, tiveram um dos pais, ou ambos, mortos muito cedo. Estes alunos em suas atividades de trabalho não conseguiram tempo nem condições para estudarem. Como atividade profissional eram: pedreiros, empregadas domésticas, cozinheiras, auxiliar de serviços gerais, costureiras, donas de casa, diaristas. E após muitos anos é que encontraram condições para conseguirem voltar a estudar, alguns estão aposentados, alguns fazem bicos, e outros ainda trabalham. A história de quase todos confirma o perfil de alunos desta modalidade de ensino.

domingo, 26 de setembro de 2010

6ª Semana

Para a realização do TCC estou trabalhando com o conceito estudando durante o curso sobre Arquiteturas Pedagógicas:

As arquiteturas pedagógicas são, antes de tudo, estruturas de aprendizagem realizadas a partir da confluência de diferentes componentes: abordagem pedagógica, software, internet, inteligência artificial, educação a distância, concepção de tempo e espaço. O caráter destas arquiteturas pedagógicas é pensar a aprendizagem como um trabalho artesanal, construído na vivência de experiências e na demanda de ação, interação e meta-reflexão do sujeito sobre os fatos, os objetos e o meio ambiente sócio-ecológico [Kerckhove 2003 apud Carvalho2005]. Seus pressupostos curriculares compreendem pedagogias abertas capazes de acolher didáticas flexíveis, maleáveis, adaptáveis a diferentes enfoques temáticos. (Carvalho, 2005)


Embora esta definição de APs esteja relacionada com a Educação a Distancia eu a utilizarei fazendo algumas ressalvas para que esta nova perspectiva de educação também possa ser utilizada no ensino presencial.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

5ª semana

Como estou trabalhando com tema “Arquiteturas Pedagógicas” fui pesquisar quando este termo foi usado pela primeira vez, pois no curso só trabalhamos com um texto sobre o assunto. Durante a pesquisa encontrei o termo sendo usado em 2002 por um grupo de professores da PUC. O título deste trabalho é: “Proposta de uma arquitetura pedagógica na formação de docentes diferenciados: uma experiência brasileira em EAD” este trabalho consta de um projeto de capacitação de professores educação a distância para os professores da PUCRS, tal atividade é assim descrita:
“No processo de capacitação, com duração de 110 horas, os professores não só lidam com processos de inserção em EAD, com competência em ferramentas e tecnologias mas, principalmente, ressignificam sua concepção e suas práticas acerca do ensino e da aprendizagem. Mediante situações-problema, os docentes constroem ambientes de aprendizagem, nos quais o sujeito real passa a ser o aluno”. (Santos, 2002). Neste mesmo ano o termo foi citado em um documento do MEC o qual normatizava a Educação a distância.

4ª semana

Para escrever a referência bibliográfica do TCC voltei a interdisciplina Escola, Projeto Pedagógico e Currículo para rever as ideias de Paulo Freire no seu livro Pedagogia da Autonomia (1996) neste ele apresenta as suas reflexões sobre a pedagogia dialógica , quando o vínculo entre educador e educando são construídos através da palavra, na partilha e aceitação do mundo do educando e na recriação conjunta da realidade. Ou seja ele acreditava que o papel do professor não é de transmissor de conhecimentos. Ele apresenta no livro :
“ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, às suas inibições” (Freire, 1996, p. 52).

domingo, 5 de setembro de 2010

3ª semana

Do primeiro eixo a aprendizagem que ficou foi com relação a utilização do blog, do PBwiki, a publicação de vídeos, a utilização de alguns sites como o xtimeline e a criação da linha do tempo. Para o TCC alguns destes conhecimentos estão sendo utilizados, pois trabalhei com blog com os alunos do estágio. Aprendi sozinha a utilizar o Audacity e trabalhei com os alunos na criação de programas de rádio e esta atividade é que servirá para o desenvolvimento do TCC.

domingo, 29 de agosto de 2010

2ª Semana

Durante o primeiro semestre de 2010 realizei o estágio supervisionado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Senador Alberto Pasqualini, uma escola do Município de Porto Alegre, que está localizada na II Unidade do Bairro Restinga. A turma na qual eu fiz o estágio curricular era uma turma da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Totalidade 2 (T21). Estavam matriculados vinte alunos, no entanto uma média de nove alunos frequentam as aulas. Os alunos tinham idade entre 17 e 82 anos, sendo 12 mulheres e 08 homens. Eles moravam no interior, não havia escola próxima, tiveram que trabalhar ainda muito jovens ou criança, tiveram um dos pais, ou ambos, mortos muito cedo. Estes alunos em suas atividades de trabalho não conseguiram tempo nem condições para estudarem. São: pedreiros, empregadas domésticas, cozinheiras, auxiliar de serviços gerais, costureiras, donas de casa, diaristas. Apenas naquele momento encontraram condições para conseguirem estudar, alguns estavam aposentados, alguns faziam bicos, e outros ainda trabalhavam.

Para a realização deste estágio optei por trabalhar com a criação de programas de rádio. Comecei levando os alunos para a sala de informática, mostrando como se ligava e desligava o computador de início, pois a maioria nunca havia entrado na sala de informática ou trabalhado com um computador, e após trabalhando com outros conhecimentos com relação a informática que eles necessitariam para criar os programas de rádio. Utilizar os meios de comunicação, em especial o rádio, durante o processo educativo é uma forma de estimular os alunos a produzirem textos variados apresentando suas idéias, seus pontos de vista, ou seja, conquistando a autoria. É uma possibilidade dos alunos desenvolverem um trabalho cooperativo para a construção de textos escritos e orais, além de estarem em um processo de alfabetização com diversas mídias. Desta forma desenvolvi programas de rádio com a turma do estágio utilizando o software Audacity.

Para a realização do TCC deste semestre apresento a proposta de analisar este trabalho desenvolvido, tendo como dados os programas realizados pelos alunos, os comentários dos mesmos durante o trabalho e as anotações realizadas neste período tendo como foco a seguinte pergunta:


É possível considerar a criação de programas de rádio como uma arquitetura pedagógica dentro do processo de alfabetização da EJA?

Como embasamento teórico para este trabalho, utilizarei as concepções teóricas do Construtivismo apresentadas por Piaget que também embasam as Arquiteturas Pedagógicas, assim como as idéias de Paulo Freire para a busca de uma pedagogia da incerteza, os documentos que apresentam as diretrizes da EJA e os trabalhos realizados sobre a produção de rádio escolar.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

1ª semana

Para este começo de semestre vou fazer uma reflexão sobre o que eu entendo como uma Universidade, para tal apresento uma fala de João Carlos Salles Pires da Silva, com a qual eu concordo em quase a totalidade: “Uma Universidade autêntica nunca se resume a uma instituição de ensino, nem é sua marca própria a mera prestação de serviços. Uma Universidade pode formar pessoas e ter um ensino de qualidade exatamente pelas pesquisas que desenvolve e pela relação singular e orgânica que estabelece com a comunidade. Assim, como instituição pública, democrática e gratuita de ensino superior, a Universidade se caracteriza por produzir conhecimento, mantendo uma necessária relação com a sociedade em que se insere, de sorte que tal laço indissolúvel entre ensino, pesquisa e extensão deve ser bem mais que uma simples bandeira. Tal laço nos define. Desse modo, dada sua natureza, seu compromisso com a produção de conhecimentos e sua interação com a sociedade, a Universidade torna-se lugar natural de concorrência entre saberes e também de crítica e de reflexão, sendo forte e necessária sua resistência ao que porventura possa ameaçar seu espírito crítico e cívico – espírito mediante o qual ela pode distinguir, por exemplo, os interesses de longo prazo da sociedade dos interesses imediatistas do mercado.”

Fonte: http://www.ffch.ufba.br/IMG/pdf/Programa_de_Gestao_FFCH.pdf

Concordo com o texto que uma instituição ou curso que vise apenas o ensino não é uma Universidade, mas um colégio de terceiro grau. Em uma universidade tem de haver a pluralidade de idéias, de pontos de vista, de conhecimento de teóricos com visões diferentes. Um aspecto importantíssimo é a capacidade da convivência da diversidade e de aceitação da crítica e da avaliação, seja ela positiva ou não. Em uma Universidade não se admite a retaliação daqueles que pensam de forma diferente da maioria, que têm a coragem de expor suas idéias ou o uso do antigo artifício de uso das notas para coagir os que pensam diferente. No entanto nem todas conseguem ser Universidades, e são curso de formação do 3º grau.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

14 semana

Esta semana começar a pensar no trabalho final das interdisciplinas do semestre e apresentar com PowerPoint ( Para que em PowerPoint, se em uma tela de 14”, ninguém consegue ver? Terá DataShow para todas as salas? Ou é só mais uma das “enrolations” do semestre?) soa tão falso. Qual foi o conteúdo trabalhado nas interdisciplinas? O que eu aprendi com isto? Qual foi a atividade feita? Será só uma repetição do que já está colocado no relatório do estágio? Ou será só para não perderem a mania de deixar-nos enlouquecidos no final do semestre? Acho que o meu trabalho vai ser em branco, para ficar de acordo com as aprendizagens do semestre.

13 semana

Quem foi importante durante este semestre?
Sem dúvida nenhuma, os colegas da escola na qual eu fiz o estágio. O primeiro foi o supervisor do turno da noite, este conseguiu resolver os problemas iniciais com as professoras regentes e com os alunos, durante todo o semestre providenciou o material e os equipamentos solicitados para que a aula acontecesse, fez o acompanhamento, ouviu as minhas reclamações e desabafos. Uma outra pessoa importante foi a vice diretora da escola que providenciou um kit de material (cola, durex, canetinha, lápis de cor, folhas), cartolinas, folhas coloridas, material dourado, a compra de cinco microfones; participou das aulas quando solicitada; mostrou ter confiança no meu trabalho. Outras pessoas que ajudaram foram os professores da turma, um conseguiu um armário para eu guardar minhas coisas na sala dos professores e a outra liberou uma chave, do armário da sala de aula, para eu guardar meu material e poder usar também o dela. Ainda uma pessoa importante neste semestre foi uma professora que foi fazer um curso na SMED para aprender como trabalhar com o Audacity, e ainda me ensinou como trabalhar com este programa durante um final de semana. Os alunos, também importantes, que aos poucos foram aceitando o meu trabalho, participando e gostando de como eu havia reorganizado o planejamento das atividades. A minha pergunta é:
“Onde estava a UFRGS durante todo este semestre?”

12 semana

12 semana
Mais uma semana sem assunto. Então vou escrever sobre isto, o porquê da falta de assunto.Em outros semestres sempre tinha de escolher entre vários assuntos para comentar aqui no blog. Isto porque desde o começo desta atividade, nos primeiros semestres do curso, nos foi colocado que deveríamos mostrar aqui as aprendizagens que havíamos tido naquela semana. Este semestre não foi preguiça de escrever, mas falta de novas aprendizagens, foi o semestre mais estéreo até agora, assim não há assunto para falar no blog. Como não houve aprendizagem só sobram as reclamações.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

11ª semana

Pela primeira vez os alunos foram à biblioteca! Por ser uma turma de T2, tanto professores como alunos achavam que não era possível pegar livros para eles lerem, pois ainda não estavam alfabetizados. Com a construção do programa de rádio em homenagem ao Dia dos Namorados, eles foram procurar livros de poesias com o tema amor. Trouxeram para sala e começaram a ler para os colegas, a alegria e a empolgação foi tão grande, com aquela nova possibilidade de pegar um livro e ler, que chamou a minha atenção. Na aula seguinte os alunos trouxeram de casa outros livros para socializar com os colegas.

10ª semana

Esta semana trabalhamos pela primeira vez com o Audacity, um programa usado para a gravação e edição de sons. Aprender a trabalhar com este programa está sendo muito importante, embora eu não domine ainda todos os comandos, a cada dia penso em novas possibilidades para o uso desta ferramenta em sala de aula. Na primeira experiência de utilização os alunos colocavam músicas, baixavam o som da música e gravavam a sua voz falando de assuntos antecipadamente decididos pelo grupo. Conforme eles iam gravando a voz e depois ouviam e o som ficava muito baixo, eles iam percebendo que precisavam falar mais alto. No final do módulo eles já haviam soltado a voz, e falado com clareza com a voz alta, com uma firmeza que eu ainda não tinha ouvido deles antes. Penso que a vergonha de ser analfabeto que tiveram durante toda a vida fez com que eles todos, ficassem tímidos, falassem pouco e baixo, durante esta aula eles foram obrigados a colocar a voz para fora, pois se não o fizessem a gravação sairia muito baixa.

9ª semana

Esta semana trabalhei com os alunos os conceitos de adição e subtração. Como eles já dominam o conceito de número e conseguem fazer cálculos mentais, trabalhar com sistematização torna-se mais fácil. Mesmo assim alguns alunos apresentam dificuldades. Uns por não considerarem os sinais, outros por não conseguirem compreender ainda como se organiza sistema decimal, outros por confundirem o sinal de adição com o sinal de multiplicação. Após a atividade individual fizemos em grupo então eles foram percebendo os erros e ficaram espantados de não terem conseguido resolver aquelas operações que eles próprios consideram fáceis.

terça-feira, 11 de maio de 2010

8ª Semana

Um dos problemas que estou percebendo durante o estágio é o pouco conhecimento teórico que adquiri durante este curso. Em primeiro lugar pelo curso apresentar apenas uma linha teórica em todas as disciplinas, o que ‘dentro’ de uma Universidade parece ser um pouco contraditório, pois deveria ser o espaço dos conhecimentos universais, e não apenas de um grupo de teórico escolhidos por uma entidade superior. Em segundo, por mesmo esta teoria estar, na maioria das vezes, apresentada apenas como prática. Agora no estágio fazer o que não foi feito durante o curso, ou seja, justificar teoricamente cada atividade que é feita não parece ser coerente, já que a teoria foi apresenta como prática agora deveria continuar, ou mudar o formato do curso que não está preparando para isto.

terça-feira, 4 de maio de 2010

7º Semana

Esta semana refleti sobre a diferença entre a realidade das escolas e a burocracia distante do estágio. Este como está sendo solicitado, parece ser um “conto de fadas” onde não existem pessoas, vontades, contratempos, diferentes formas de compreender o que é educação, qual o conteúdo que tem de ser trabalho, qual a forma entre estagiária, professor da turma, demais professores da escola, alunos, tutores, supervisores da escola e da universidade. Consigo perceber neste momento várias forças diferentes trabalhando para lados diferentes. Esta negociação está sendo diária com personagens diferentes e muito desgastante. Nunca havia passado por uma diversidade tão grande .

segunda-feira, 26 de abril de 2010

6ª semana

A quantidade de atividades para realizar durante este primeiro momento de estágio está me preocupando muito. Além das atividades em grande volume, a insegurança e a dificuldade para realizar algumas delas tem me feito pensar muito sobre o que eu realmente aprendi neste curso. Penso que ou o estágio está sendo solicitado muito além do que realmente aprendi, ou o que foi trabalhado durante o curso não estava relacionado com esta prática final.

5ª semana- reescrita da anterior

Esta semana estou envolvida com o planejamento geral e semanal da turma a qual estou trabalhando. Para realização deste planejamento levei em consideração alguns itens já trabalhos na Interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação. Estes são : Contextualização, que é a caracterização da instituição e da turma. Para quem planejar? Em que contexto?; Eixo integrador, que é a temática do planejamento, o princípio de articulação entre os conteúdos; Justificativa, ou seja, dizer o porquê se está apresentando o planejamento, de onde surgiram as idéias que constam nele, qual foi a motivação para tal escolha; Objetivos, é o fim que se deseja alcançar com o planejamento. Podemos fazer perguntas como: ‘O quê ?’ e ‘Para quê?’ ; Conteúdos , é o que vai ser eleito para ser trabalho com os alunos de acordo com a temática do eixo integrador, ou seja, ‘O que trabalhar?’; Estratégias, é a forma como o planejamento vai se desenvolver de fato no dia-a-dia. Podemos fazer a pergunta ‘Como?’, Recursos, são os meios em termos de
material, pessoal, espaço e tempo que são necessários para que o planejamento aconteça; Avaliação, que é o acompanhamento que será feito durante todo o processo de execução do planejamento, é necessário apresentar os critérios que serão Penso que um item muito importante que faltou entre os elementos apresentados no texto é a FLEXIBILIDADE do planejamento. A escola e a sala de aula são dinâmicas, muitas coisas acontecem durante um período, os alunos apresentam situações em sala de aula que não foram pensadas no planejamento, assim este deve ser um norte a seguir, mas jamais a estrada única que não pode ser abandonada.

domingo, 11 de abril de 2010

4ª semana

Esta semana estou envolvida com o planejamento geral e semanal da turma a qual estou trabalhando. Para realização deste planejamento levei em consideração alguns itens já trabalhos na Interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação. Estes são : Contextualização, que é a caracterização da instituição e da turma. Para quem planejar? Em que contexto?; Eixo integrador, que é a temática do planejamento, o princípio de articulação entre os conteúdos; Justificativa, ou seja, dizer o porquê se está apresentando o planejamento, de onde surgiram as idéias que constam nele, qual foi a motivação para tal escolha; Objetivos, é o fim que se deseja alcançar com o planejamento. Podemos fazer perguntas como: ‘O quê ?’ e ‘Para quê?’ ; Conteúdos , é o que vai ser eleito para ser trabalho com os alunos de acordo com a temática do eixo integrador, ou seja, ‘O que trabalhar?’; Estratégias, é a forma como o planejamento vai se desenvolver de fato no dia-a-dia. Podemos fazer a pergunta ‘Como?’, Recursos, são os meios em termos de
material, pessoal, espaço e tempo que são necessários para que o planejamento aconteça; Avaliação, que é o acompanhamento que será feito durante todo o processo de execução do planejamento, é necessário apresentar os critérios que serão utilizados.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

3ª Semana

Hoje penso que o meu destino no semestre será traçado. Após uma longa batalha com a SMED PoA, para conseguir fazer o estágio dentro da carga horária, agora estou na luta para conseguir uma turma. Mesmo havendo uma turma na escola onde trabalho, a direção não permitiu que eu fizesse uma mudança no horário para ser regente desta turma e as funcionárias do RH dizem não ter poder para fazer isto, ou seja, não permitem também. Hoje o caso será analisado pela chefa do RH, para dar uma solução, eu espero, pois o começo do estágio deveria ser na próxima semana e eu nem sei em que turma poderei realizá-lo. Não consigo neste momento deixar de fazer uma comparação entre o setor público e o privado e a profissão de professor e as demais. No setor privado os chefes quase que obrigam os seus funcionários a realizarem cursos, os quais são pagos pela empresa, com dispensa de carga horária e muitas vezes realizados em outros lugares, quando as despesas de transporte e hospedagem também são pagos pela empresa, além disso os funcionários que buscam melhorar a sua formação recebem aumento de salário. As empresas sabem que precisam de funcionários bem formados e satisfeitos para que a qualidade de seus produtos e serviços melhore. Já no sistema público tudo é mais complicado. Tirando os cabos eleitorais dos governantes, que geralmente tem cargo comissionado,e todos os direitos que os demais funcionários não têm, os demais trabalhadores só enfrentam burocracia e nãos pela frente. Não pode fazer curso em horário de serviço, não pode reduzir a carga horária, não recebe qualquer auxílio para pagar o curso ou despesas com viagens e hospedagem, não recebe aumento de salário pela realização do mesmo. Além disso e muito pior que tudo, colocam empecilhos para as solicitações, como estão fazendo agora, não permitindo que eu faça uma mudança de turma para realização do estágio. Parece um pouco incoerente, pois de um lado quase todos os teóricos mais a mídia não cansam de dizer que o problema da educação são os professores e a sua má formação, no entanto do outro lado quando se quer fazer um curso, para melhorar esta tão falada qualidade da educação, que já virou até lugar comum, todas as portas são fechadas e é necessário passar por um grande stress para conseguir, ou não, alguma ajuda. Assim anda a educação...

segunda-feira, 29 de março de 2010

2ª Semana

Um aspecto que tem me deixado muito preocupada é o grande número de informações pessoais nossas, que estão circulando pela internet, quer por e-mail, nas planilhas ou nos trabalhos que são solicitados. Sabe-se que é muito fácil conseguir invadir, mesmo espaços fechados e que com alguns dados é possível fazer um grande estrago na vida de uma pessoa. Este semestre esta situação parece que vai continuar, ou piorar, com a primeira atividade em que solicitam informações que são muito perigosas de ficarem na rede. Gostaria que os professores e tutores fizessem uma reflexão sobre isto para não colocar os alunos em situação de risco.

sexta-feira, 26 de março de 2010

1ª Semana

Estamos começando o último ano com muitos desafios. Propor para uma turma de crianças semi alfabetizadas um trabalho com uma arquitetura pedagógica será muito complicado. Primeiro por ser uma novidade em que eu só vi em prática durante o curso com alunos adultos e de nível universitário, e mesmo assim, o trabalho apresentou muitos contratempos como: falta do domínio da ferramenta utilizada, trabalho em grupo onde apenas um ou dois realizaram as tarefas, falta de clareza com relação ao que deveria ser feito, problema de relacionamento, dentro do grupo. Em segundo por esta proposta experimental ter de ser realizada durante o período de estágio, que por si só, já é estressante. Como último complicador do semestre o fato das crianças não terem o domínio do uso do computador e da internet. Assim, percebo que o semestre será muito angustiante.

Oitavo semestre


Este semestre teremos as seguintes atividades:

Seminário Integrador
Estágio