domingo, 30 de novembro de 2008

17ª semana

Refazendo um trabalho de ECS que tem como texto de apoio “A educação para além do capital” de István Mészáros me deparei com as seguintes afirmações de José Martí “Ser cultos es el único modo de ser libres” “ Educar es depositar en cada hombre toda la obra humana que le há antecedido; es hacer a cada hombre resumen del mundo viviente hasta el dia en que vive… ". Estas poéticas falas de José Martí mostram a grandiosidade e a importância do ser educador e colocam a educação como realmente uma arte. A primeira afirmação mostra o caminho para a liberdade na tentativa de libertar-se de todas as armadilhas, amarras, tentativas de manipulação que a classe dominante e parte da sociedade, a qual já foi dominada, impõem sobre nós, os poucos que ainda conseguem resistir ao seu poder.

domingo, 23 de novembro de 2008

16ª semana

A democracia pressupõe participação. O processo de democratização da sociedade se alarga e atinge a educação gerando o processo de gestão democrática na escola. Neste, duas palavras são básicas: participação e autonomia. Alguns princípios e processos que estão inseridos neste tema: participação efetiva em todas as instâncias, representação eleita, direito a voto, direito a voz, retorno dos representantes, ações legitimadas pela comunidade escolar, transparência, respeito à diversidade, dissenso, embate, pois a democracia é conflito, a qual se aprende fazendo. Dentro do item participação temos de assegurar alguns mecanismos para que de fato a gestão democrática aconteça, como: eleição de diretores, grêmio estudantil, conselhos escolares, assembléia por segmentos, assembléias gerais, construção do PPP, avaliação institucional. A participação deve passar por todos os processos da escola e levar a uma divisão do poder. A autonomia está atrelada à descentralização de gestão escolar, à descentralização de recursos, à garantia de recursos necessários, à decisão das prioridades pela assembléia geral, ao controle público e social dos recursos financeiros da educação, à existência do PPP. Com este processo de gestão democrática em andamento espera-se que se geste uma nova escola, com uma nova qualidade, como coloca no vídeo a Profª. Lisete G. Arelaro apresentado na interdisciplina de OEF.

domingo, 16 de novembro de 2008

15ª semana

No Brasil temos um sistema educativo fragmentado, compreendendo várias redes de velocidades diversas, mal se compara ao modelo que veio dos ocidentais na segunda metade do século XIX e deu origem ao nosso. O estado nunca quis ou pôde controlar o conjunto do processo de escolarização de massa ao longo do século XX. Assim temos hoje basicamente dois modelos: educação pública X educação particular. A segunda serve para formar os filhos de uma elite. A outra serve para a maior parte da população. A escola pública apresenta uma série de problemas : falta de verbas necessárias para uma educação de qualidade, baixos salários para os professores, desmotivando muitas pessoas a tornarem-se professores ou permanecerem na profissão, baixo nível de qualificação dos professores, ou presença de professores leigos em sala de aula, falta de infra-estrutura nas escolas, descentralização das verbas deixando a cargo da comunidade escolar resolver seus problemas com tão pouca verba. Como resultado de todo este descaso, os índices de desempenho dos alunos das escolas públicas, em qualquer das avaliações existentes é alarmante, mesmo dentro da América Latina aparecemos mal colocados. Algo de urgente tem de ser feito para mudar esta situação.
Fonte: AKKARI, A. J. Desigualdades educativas estruturais no Brasil: entre Estado, privatização e descentralização. In Educação e Sociedade, ano XXII, n.74, abril 2001. p. 163 – 189.
Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid =S0101-73302001000100010&lng=en&nrm=iso

domingo, 9 de novembro de 2008

14ª semana

Fala-se muito que as pessoas e principalmente os alunos não gostam de ler. Acho que talvez esta frase já esteja fora de moda, com a Feira do Livro de Porto Alegre se observa que o que falta é fazer este encontro entre o público e os livros. Este ano, em uma semana, já foram vendidos 140 mil livros , para que não gosta de ler é muito livro. Pode-se observar que na área infantil o interesse das crianças pelos livros, por folhear um livro, por escolher títulos é muito grande. As pessoas saem com sacolas da feira, como se fosse um shopping center em dia de liquidação, então não se pode mais usar esta frase que as pessoas não gostam de ler, o que falta são oportunidades que devem ser usadas durante a feira, com os alunos, e outras serem criadas no dia-a-dia da escola.

13ª semana

Neste post vou apresentar algumas idéias de Maurice Tardif sobre o trabalho docente e fazer uma reflexão relacionando estas idéias com a prática em sala de aula, do texto “O trabalho docente, a pedagogia e o ensino” Cap. 3. p.112 de Maurice Tardif trabalhado na disciplina de ECS . No texto o autor usa diferentes recursos conceituais e empíricos para apresentar a natureza da pedagogia e do ensino no ambiente escolar com o objetivo de “mostrar como a análise do trabalho dos professores, considerado em seus diversos componentes, tensões e dilemas, permite compreender melhor a pratica pedagogia na escola.” (Tardif, 2003 p.2). Vou analisar a seguinte afirmação do autor:
"Constata-se, portanto, que a maioria das pessoas que se interessam pelo ensino fala sobretudo, e até exclusivamente, daquilo que os professores deveriam ou não deveriam fazer, ao invés de se interessar pelo que fazem realmente." (Tardif, 2003 p. 3).
Nesta afirmação aparece um fato que é muito comum de ser observado nas pesquisas realizadas em sala de aula, quando são analisadas aulas gravadas em vídeo ou em áudio ou com a observação direta, ou por entrevistas ou ainda pela análise de materiais produzidos pelos professores (planejamento, avaliação). Então os pesquisadores entram em sala de aula com uma teoria e “avaliam” se os professores utilizam determinada teoria e qual o motivo para isto. Outras vezes fazem listas de atitudes ou atividades “erradas”, segundo a visão do pesquisador, que os professores tem e/ou utilizam em sala de aula. Na maioria das vezes os resultados nunca são apresentados ou discutidos com o professor pesquisado. É uma rotina o pesquisador chegar na escola colher os dados e virar as costas. Nas escolas em que trabalho, tenho brigado para que o processo não seja assim. Primeiro que seja apresentado o projeto de pesquisa para todos, que os resultados sejam trazidos para escola e principalmente o pesquisador apresente uma proposta de trabalho para contribuir com a escola, ou seja, desenvolver um trabalho em contrapartida ao direito de colher os dados. Já conseguimos desta forma curso de informática para alunos, palestra para pais e alunos, oficinas com atividades lúdicas.