domingo, 31 de outubro de 2010

Semana 11

Dentro do processo de construção do PPP uma das reflexões que estou fazendo é sobre a “Pedagogia da incerteza”. Esta defende que o conhecimento não está nas certezas, mas nos questionamentos, na dúvida, na busca, no debate, na troca. Ela é embasada nas ideias construtivas de Piaget e na pedagogia da pergunta de Paulo Freire. Segundo esta proposta nos educamos para: a busca de soluções de problemas reais, transformar informações em conhecimento, a autoria, a expressão, a interlocução, para a investigação, a autonomia e a cooperação. Relacionando com a proposta que estou analisando de criação de rádio, posso afirmar que este tipo de atividade está inserida dentro destas características aqui apresentadas.

domingo, 24 de outubro de 2010

10ª Semana

Durante esta semana trabalhei com a descrição e avaliação do software que estou usando no TCC. Utilizei como base o texto “Análise de software Educacional” trabalhado com a Prof.ª Patricia Behar no Eixo 04, na Interdisciplina de Educação e Tecnologias da Comunicação e Informação. Este trabalho durante a interdisciplina facilitou a avaliação do software em estudo, “Audacity”, mesmo este não sendo um software educacional, ter um critério de avaliação auxilia no processo de seleção e escolha de programas que possam vir a completar ou auxiliar as práticas educativas integradas ao uso da tecnologia na escola. Fazer uma avaliação ajuda os professores que estão trabalhando com estes recursos no discernimento dos programas que existem no mercado e que podem vir ou não a serem utilizados com fins educativos. Colocar um olhar crítico e questionador diante das propostas que envolvam o uso do computador nas mais variadas disciplinas é extremamente importante.

domingo, 17 de outubro de 2010

9ª Semana

Para a realização do TCC estou realizando várias pesquisas, uma diz respeito a utilização de rádios no ambiente escolar, atividade que realizei durante o estágio ,eixo 08, e estou analisando agora no TCC. O rádio como instrumento utilizado na área educacional já ocorreu em vários momentos históricos e com diferentes objetivos. O rádio começa a ser usado pelos brasileiros em 1922, de forma amadora e com várias dificuldades, apenas no final da década de 20 que há uma profissionalização do mesmo. ‘O carioca Edgard Roquette-Pinto defendia a ideia de que o rádio, enquanto inovação tecnológica de grande potencial, deveria ser empregado prioritariamente para levar educação e cultura a todas as partes do país. Nos anos de 1950 e 1960, o Movimento de Educação Base (MEB) representou a tentativa de resgatar os ideais de Roquette-Pinto. O projeto consistia em utilizar a metodologia de Paulo Freire para alfabetizar agricultores das regiões Norte e Nordeste.’(1) Hoje a criação de programas de rádio ocorre para estimular crianças, jovens e adultos a se expressarem e mostrarem as suas opiniões e ideias; dar voz a pessoas até então sem direito a isto, mostrar a dimensão política da informação e apresentar novas formas de construção cognitiva mediadas pelas novas tecnologias.

(1)www.catavento.org.br/arquivos/O_RADIO_NA_ESCOLA_COMO_INSTRUMENTO_EDUCATIVO.pdf

domingo, 10 de outubro de 2010

8ª Semana

Para a realização do Trabalho de Conclusão estou estudando conceitos relacionados com a alfabetização e o letramento e as várias dimensões destes. Estes conceitos foram trabalhados na Interdisciplina de Fundamentos da Alfabetização no eixo 02, Educação de Jovens e Adultos e Linguagem e Educação ambas do eixo 07. Neste último eixo trabalhamos com os modelos de letramento autônomo e o modelo ideológico. Estes modelos estão relacionados com as práticas escolares, o modelo autônomo o qual aparece nas escolas, considera a aquisição da escrita como um processo neutro com o objetivo final do processo, a capacidade de interpretar e escrever textos abstratos dos gêneros expositivos e argumentativos. Assim os caminhos dos alunos já estariam previamente traçados em função de sua classe social e/ou etnia e não de sua inteligência ou potencialidade. Com o trabalho com a EJA percebi a necessidade de um letramento ideológico para que haja conscientização daqueles alunos e a transformação de suas vidas. Para isto é necessário uma proposta pedagógica que contemple esta demanda, no caso do TCC as Arquiteturas Pedagógicas.

domingo, 3 de outubro de 2010

7ª semana

Durante o curso uma disciplina que ajudou muito apresentando uma visão bem clara, conteúdos, atividades, professores foi a disciplina de EJA. Nesta disciplina não houve enrolação e ela serviu para a construção de uma aprendizagem útil, a qual estou utilizando no TCC agora. Mesmo antes de entrar na turma de EJA do estágio eu já possuía um quadro bem claro da situação. Um exemplo, é o da citação a seguir:

Ele é geralmente o migrante que chega às grandes metrópoles proveniente de áreas rurais empobrecidas, filho de trabalhadores rurais não qualificados e com baixo nível de instrução escolar (muito frequentemente analfabetos), ele próprio com uma passagem curta e não sistemática pela escola e trabalhando em ocupações urbanas não qualificadas, após experiência de trabalho na infância e na adolescência, que busca a escola tardiamente para alfabetizar-se ou cursar algumas séries do ensino supletivo.(Oliveira, 1999).

Quando fui trabalhar na turma percebi que estas eram as características das mesmas: Uma turma com vinte alunos matriculados, no entanto uma média de nove alunos frequentavam as aulas. Os alunos tinham idade entre 17 e 82 anos. Eram 12 mulheres e 08 homens. Sendo quatro menores de 20 anos, três entre 20-30, três entre 40-50 anos, quatro entre 50-60, três entre 60 e 70, dois entre 70-80 e um com mais de 80 anos. Eles moravam no interior, não havia escola próxima, tiveram que trabalhar ainda muito jovens ou criança, tiveram um dos pais, ou ambos, mortos muito cedo. Estes alunos em suas atividades de trabalho não conseguiram tempo nem condições para estudarem. Como atividade profissional eram: pedreiros, empregadas domésticas, cozinheiras, auxiliar de serviços gerais, costureiras, donas de casa, diaristas. E após muitos anos é que encontraram condições para conseguirem voltar a estudar, alguns estão aposentados, alguns fazem bicos, e outros ainda trabalham. A história de quase todos confirma o perfil de alunos desta modalidade de ensino.