domingo, 29 de junho de 2008

Décima quinta semana

Não dá para terminar este semestre sem fazer uma reflexão sobre o tempo, pois falamos tanto dele, em todas as interdisciplinas, e reclamamos tanto da falta de tempo durante todo o semestre. É exatamente sobre este último item que eu quero refletir. Quando reclamamos da falta de tempo parece que os professores e tutores não compreendem, dizem que somos desorganizados e que precisamos nos organizar melhor. Embora tenhamos muitas atividades na escola, em casa : preparando ou corrigindo trabalhos e mais as atividades pessoais, que demandam tempo também, não era deste tempo padronizado, marcado pelo relógio que falávamos. Era de um tempo que não pode ser mensurado com relógio e que não tem uma previsão para terminar. Três horas do relógio a mais, na frente do computador, não garantem que nós façamos uma atividade de matemática, por exemplo. É necessário ler a atividade, exemplos e os textos, procurar outras fontes em livros ou na internet, desligar o computador e pensar sobre as questões colocadas, às vezes, as onze horas da noite , ou meia noite, quando o cansaço físico e mental não permitem mais pensar ou criar qualquer coisa. No outro dia começa a rotina cedo e aquelas idéias ainda estão te acompanhando, no ônibus, nos períodos vagos, na conversa com os colegas da escola. Dependendo do tópico este processo pode levar uma semana ou mais. Até todas as idéias se acomodarem e nós conseguirmos produzir algo. Assim, na verdade, quando se fala de falta de tempo, ou pouco tempo não é apenas do tempo do relógio que estamos nos referindo, mas também desse tempo de aprendizagem que não é controlado pelo relógio e dependendo das nossas experiências anteriores com relação ao assunto estudado pode ser maior ou menor.

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